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MÃE e seus desprendimentos

MÃE e seus desprendimentos

No primeiro dia de aula, quando deixei meu menino mais velho no colégio, um filme passou pela minha cabeça no trajeto de volta para casa. Agora, escrevendo este pequeno texto, as lágrimas escorrem pelo meu rosto!

Meu menino, que há nove anos chorava para entrar na escola… Sim, tivemos uma adaptação difícil e duradoura — de outubro até julho do ano seguinte, quando ele finalmente começou a entrar alegre, com um sorriso no rosto, ansioso para ir ao colégio.

Os anos passaram, transformações aconteceram, mudanças ocorreram. Meu menino está crescendo e amadurecendo.

Hoje, o gesto foi o mesmo de sempre: deixei-o no drive do colégio, ele me deu um beijo e saiu correndo. O que mudou foi o modo como o enxerguei e senti esse momento.

Ele saiu correndo para uma nova etapa da vida… Sexto ano, anos finais, turno da manhã, turma nova, novos desafios, adolescência.

Meu coração se encheu de alegria e orgulho, mas não posso negar que chegou a hora de começar a me desprender. Desprender-me da mãe que tem o controle, a supervisão constante, o papel de “protetora absoluta”, da idealização da relação, da necessidade da presença constante da mãe.

Perceber isso é doloroso, mas transformador para o vínculo entre mãe e filho.

Meu desafio, enquanto mãe, é equilibrar apoio e liberdade, respeitar o crescimento do meu filho sem deixar de ser sua base segura.

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